E HOJE É NATAL

E hoje é Natal. De novo é Natal. E os outros dias o que são?
Ah sim, também se multiplicam os "Jantares de Natal", de amigos, da empresa, das mulheres, das amigas da faculdade... E tudo porque é NATAL!!!...
Ah o Natal o Natal!
Faz-se o Jantar dos SEM ABRIGO, e os jantares para os pobres, a "MITRA" uma noite no ano torna-se num Restaurante de "LUXO". E lá acorrem os pobres... mais vale um jantar do que nenhum jantar...
Ah e o Pai Natal?! Tão vermelho e barbudo assustando as criancinhas que choram exasperadamente enauanto os pais sorridentes convemcem-na a sorrir e dizendo maravilhas do Pai Natal.
Mas que Pai Natal! Que merda!
E JESUS? Onde fica o verdadeiro sentido do acto que se celebra no dia 25 de Dezembro? E será que foi em Dezembro que esse MENINO nasceu? Desculpem a minha frieza, mas é mesmo assim! Sem dó nem piedade. Tão só porque apenas é NATAL um dia no Ano.
E nos outros trzentos e não sei quantos dias do ano, onde o comem os sem abrigo, e os bens essenciais das crianças, e os alimentos para os que morrem de fome pelo planeta?????
Pois é! é Pena. Porque não é Natal.

sábado, 28 de março de 2009

DUAS NOITES e TRÊS DIAS





18.00pm

Cheguei ao teu abrigo.

Fugimos do mundo,

Perdemos as horas,

Rasgámos o frio,

Aquecemos as faces.

Colámos os lábios,

Fechámos os olhos,

Cerrámos as mãos,

Entrelaçámos os dedos,

Perdemos-nos em Nós...

Despimos as roupas,

Abrimos a cama,

Fechámos a porta,

Quebrámos a luz.

Olhámos-nos nos olhos,

Soltámos sorrisos,

Roçámos os lábios,

Misturámos saliva.

Desci no teu corpo,

Gemeste para mim,

Num beijo molhado

Lambuzei-me de ti.

Num suspiro assustado

Sorriste pra mim,

Minha mão apertada

Nas tuas ancas senti.

Teu corpo arqueando

Mostrou muito pra mim,

Num beijo safado...

Num gemido gritado...

Vieste pra mim.


E as noites foram dias

Ou os dias foram noites...

Um raio de sol sorriu-nos assim...

E entre o desejo insaciado

Adormecemos enfim,

Mas um abraço disfarçado

Despertou-me pra ti.


E foi assim...

Duas noites...

E

Três dias...

Numa louca euforia

Onde trocámos as horas

E criámos os nossos dias.

E um fogo de cores

Caiu sobre nós

Entre beijos molhados

Continuámos a SÓS.



sexta-feira, 27 de março de 2009




Navegando se foi alguém que nunca gostou de Mar. Era da Terra... Afligia-lhe as águas, as correntes, as travessias e os poentes.


Parou no Tempo em tempos de nada saber, o que deixou foram apenas algumas redes e malhas, bóias, tamancos e um barrete negro. Foram negros os seus dias e de negro se vestia. Era um Anjo!... Dizia! Um anjo... até me provoca um rasgado sorriso.


Fez-me percorrer o Deserto nos desertos que plantou em mim. Pensei não mais encontrar a libertação de um Oásis, mas foi uma estupida projecção.


Hoje vivo no Mar com uma sereia, uma VERDADEIRA SEREIA. Onde deixei eu o Deserto?!...


Algures por dentro de mim, mas a água de um mar a levou...


Hoje vivo quase feliz no meu imenso Oceano. Vivo com ela. Aquela que me resgatou do Deserto e me devolveu a frescura das águas de um tranquilo Lago. É onde agora eu estou. Com Ela. Com a minha Sereia.