E HOJE É NATAL

E hoje é Natal. De novo é Natal. E os outros dias o que são?
Ah sim, também se multiplicam os "Jantares de Natal", de amigos, da empresa, das mulheres, das amigas da faculdade... E tudo porque é NATAL!!!...
Ah o Natal o Natal!
Faz-se o Jantar dos SEM ABRIGO, e os jantares para os pobres, a "MITRA" uma noite no ano torna-se num Restaurante de "LUXO". E lá acorrem os pobres... mais vale um jantar do que nenhum jantar...
Ah e o Pai Natal?! Tão vermelho e barbudo assustando as criancinhas que choram exasperadamente enauanto os pais sorridentes convemcem-na a sorrir e dizendo maravilhas do Pai Natal.
Mas que Pai Natal! Que merda!
E JESUS? Onde fica o verdadeiro sentido do acto que se celebra no dia 25 de Dezembro? E será que foi em Dezembro que esse MENINO nasceu? Desculpem a minha frieza, mas é mesmo assim! Sem dó nem piedade. Tão só porque apenas é NATAL um dia no Ano.
E nos outros trzentos e não sei quantos dias do ano, onde o comem os sem abrigo, e os bens essenciais das crianças, e os alimentos para os que morrem de fome pelo planeta?????
Pois é! é Pena. Porque não é Natal.

domingo, 2 de maio de 2010

MONOLOGOS DO EU: DIAS DAS MÃES... QUANDO É???!!!

MONOLOGOS DO EU: DIAS DAS MÃES... QUANDO É???!!!

DIAS DAS MÃES... QUANDO É???!!!




Hoje, É Que Dizem "DIA DA MÃE".
Dia da MÃE!?
O Que é isso de um dia MÃE UM ter?!
Porquê "Dia da Mãe"?
Por MÃE É UM impossivel dia!
Mãe e TODOS OS DIAS ... Toda a Vida ... TODA A VIDA.
A MÃE Minha Deixou a Vida ...
HA Poucas semanas Que despedimos nsa ...
O Meu Foram aceno de Lágrimas
O dela Foi simples e tranquilizante UM "AI!"
Partiu ... Deixou-me por Aqui Nesta apatia morbida
Onde eu Todos OS dias um reveijo ...
Onde Todos OS dias como testemunham Lágrimas
A SAUDADE Que o Meu pensamento guarda.
Ela Adorava GIRIBÉRIAS ...
Gostava de flores e plantas ...
Era suave NA ESCOLHA das cores,
Gostava de flores amarelas e brancas ...
Gostava de Margaridas e de Giestas ...
QUANDO NAS passeávamos dos tempos Primaveras
Em que TODOS OS DIAS DA MÃE ERAM,
Apanhávamos NAS bermas e nsa campos.
O cheiro era Seu subtil Como era sagaz o perfuma natural
Da Pele suave da Minha Mãe.
Fomos Tão Felizes ... Felizes sim!
Até NAS Pequenas zangas ERAMOS Felizes ...
Mais duravam Não fazer minutos ALGUNS Que
Porquê uma FORÇA DE UM BEIJO semper Foi Mais Forte do Que Tudo.
Como Dizer Podemos e Acreditar
Que não trezentos e Meio de Tantos dias
HA Que É UM delas!!
Ignobil ignorancia uma nossa.
Não dia Esse EXISTE!
Todos Tão Simplesmente PORQUE OS dias ...
São "DIA DA MÃE".

MONOLOGOS DO EU: António Variações - Deolinda de Jesus

MONOLOGOS DO EU: António Variações - Deolinda de Jesus

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Agito-me.
Qual barco ondulando nas águas espelhadas de um rio manso...
Qual passado silencioso e mordaz que teima ser presente adiado.
Contemplo o Futuro em ancestrais sonhos sonhados.
Desenho no vento as gotas de chuva que os meus olhos calam... São lágrima... São lágrimas.
E na brisa que me beija o rosto em tantas madrugadas de insónia,
recordo o calor que hoje é frieza de seda entranhada na pele que quero quente.
Agito-me como folha seca rodopiando ao vento fustigante de Outono.
O medo atraiçoa-me e  pensar no futuro traz o azedume mordaz de uma verdade que o presente mascara.
Porque me agito assim?
Quase me perco nas palavras... Perco o tempo e o sono,
Perco a hora e a vontade que traduzo no nada... Sinto-me mal assim.
Eu sei que lá fora o céu está estrelado... assim fosse sempre.
Agito-me num grito sufocado, mas lá fora a madrugada avança enquanto aqui as horas passam e eu contemplo o Futuro imaginado em barco ancorado no meio do rio, ondulante e ondulando ao sabor das águas inexplicavelmente paradas.
Tenho sede de ti...
Fome de ti...
Passado dorido em Presente calado na esperança do Futuro certo.
Não sei o que me move! Nem sei já se o pouco que avanço é movimento ou se é simplesmente sonho...
Agito-me num calendário de numeros e palavras do qual nem sei se na verdade o é, ou se apenas são  fragmentos irreparáveis.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

TEMPO DA VERDADEIRA IDENTIDADE

Chamam-lhe Carnaval!

Eu chamaria momento de verdades. Ou talvez momento de despir a pele. Três dias marcados no calendário ditam que nesses dias o povinho pode exceder-se, e até vestir a pele que guarda quando o calendário o não dita. Carnaval é todo o outro tempo que na verdade o é.
Tempo onde se escondem frustrações, ou simplesmente sonhos que são levados para a cama e ajudam a vencer insonias. Fazem filmes, criam personagens, idealizam situações que apenas vivem nos seus mais intimos pensamentos.
É Carnaval, tempo de liberdades sem que estigmas sejam levantados. Não é posta em questão o porquê do disfarce. Não importa a Fantasia, pois simplesmente porque é carnaval.
Eu sei que assim será sempre, mas na verdade considero que o tal carnaval é todos os outros dias que não estão assinalados no calendário.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

AMANTES ETERNOS COR DE FOGO

Entardecer febril de espigas douradas.Crepitantes, bebem do ocaso o sémen da vida. Prazer solitário e ofuscante. Prazer que o sol em caricias, fáz renascer o crescente ofegar das ervas secas entre os gemidos mascarados de brisa. Orgasmo da Natureza cor de fogo. Esse que queima de mansinho o sexo da folhagem. Virgem nasceu nos esteiros do rio, onde secretamente se deitou em delirios com o sol. Ali apenas eu ... Eu testemunha desse enleio, onde o proibido nunca entrou. Um dia ouvi o segredo do seu Amor. Foi numa tarde de Janeiro em que quis fugir da cidade e do seu buliço doentio. E corri na direcção do Sol. Penetrei na privacidade desse restolho que nasceu e cresceu nas margens dos insinuosos esteiros do Tejo. Cheguei num momento especial. Eles amavam-se... Envolvidos num interminável abraço faziam o amor desconhecido. Um acto sereno, colorido e sensual... E eu fui ficando ali extasiada de tanto encantamento... E o gemido da folhagem escondia um bailado jamais visto, que ondulava ao sopro suave do vento... E eu deixei-me ficar por ali perfeitamente fascinada por tanta sensualidade e luz.
Eu...
Eu fui testemunha de um acto que não tem tempo...
... E registei a beleza de um orgasmo que não tem princípio nem fim.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

OLHAR A PRETO E BRANCO


Hoje voltei para julgar o que não tem fundamento. Sem páz ou com ela, a vida, quando ela não está parece que pára. Em fuga para o rio distancio-me da cidade. Exaustão do burburinho. Vertigem de tantos entrecruzar. Rostos pálidos em cabeças coloridas tingidas de tons modernos. Ou porque é moda, ou porque a beleza so pode ser a cores e nunca a preto e branco. Apenas preto, ainda que tingidas para esconder a candura do envelhecimento. Mas a vida não é a preto e branco...
Mas eu... Eu, por vezes tenho um mórbido fascínio pelo preto e branco, talvez por ter a vida real a cores.
O que nos é dado por vezes entope-nos e desgasta-nos. O difícil ou o improvável é motivo suficiente para transgredirmos... Procuramos o incomum porque o banal nada tem de novo ou de diferente.
Imagino que me acharão surrealista ou louca, mas eu sou diferente do comum. Detesto a banalidade e tenho prazer em observar o que os comuns não conseguem alcançar. É bom observar numa dimensão acima. Acima de tudo diferente do comum.
Por isso eu transformo a cor em preto e branco e projecto-me para além do que é banalmente comum.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

domingo, 10 de janeiro de 2010

MARÉS E BARCOS NO LODO




Entre margens na margem Sul
Entre águas, lodo e barcos,
É mais um dia que chega ao fim. E eu aqui. Por acaso pensei em ti...
Este lugar mudou muito nos ultimos anos. Era tudo bem mais selvagem... Naturalmente natural. Mas esta tarde estava como há muitos anos atrás... Silencioso e parecendo desabitado. Lugareijo á beira rio, de janelas pequeninas namorando Lisboa, a outra margem...
E eu aqui... Ali... Aqui deixando o registo para quem sabe entender.

SALVA VIDAS NA MARÉ VASA


Registo o momento em que o dia se afunda. Entardeceu. O frio e o vento do Norte cortam-me o rosto. Quase que choro. Lacrimeijo a cada chicotada do vento. Frio! Bem frio este fim de dia. Estou aqui sózinha, numa pequena localidade situada na Margem Sul do Tejo. Rosário. Talvez conhecida pelas suas tradicionais largada na praia... Quando o Verão tosta a pele e os corpos expostos desafiam desejos e equivocam olhares. Mas ainda não disse a verdadeira razão porque me encontrei neste lugar completamente despovoado e onde apenas eu, o sol e o rio nos aguentavamos ao frio polar de um qualquer dia de Janeiro.
O Sol. O espelho e os reflexos ou simplesmente as sombras das palmeiras e dos cactos que se iam agitando ás investidas do vento.
Fiz alguns Kilometros para poder disfrutar deste cenário idilico e infernal, antitese ou afirmação. No minimo real e verdadeira a expressão.
Mas o que eu queria contar-vos aqui esta noite?! É que as palavras confundem-me e anestesiam-me o raciocinio.
Ah sim!
O que me levou até aquela localidade quase fantasma? Sim sim! O entardecer de um dia qualquer de Janeiro em que eu necessitava de me salvar na maré vazia.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O REI


Aqui onde tudo começa e onde tudo termina,
Onde amanhecem e anoitecem as frias almas.
Aqui...
Onde o Rei impera...
Imponente e cálido,
Brutal e manso,
Ofuscante e esplendoroso.
Aqui
Inscrevo a fogo
O Primeiro entardecer de Janeiro...
2010.