Hoje voltei para julgar o que não tem fundamento. Sem páz ou com ela, a vida, quando ela não está parece que pára. Em fuga para o rio distancio-me da cidade. Exaustão do burburinho. Vertigem de tantos entrecruzar. Rostos pálidos em cabeças coloridas tingidas de tons modernos. Ou porque é moda, ou porque a beleza so pode ser a cores e nunca a preto e branco. Apenas preto, ainda que tingidas para esconder a candura do envelhecimento. Mas a vida não é a preto e branco...
Mas eu... Eu, por vezes tenho um mórbido fascínio pelo preto e branco, talvez por ter a vida real a cores.
O que nos é dado por vezes entope-nos e desgasta-nos. O difícil ou o improvável é motivo suficiente para transgredirmos... Procuramos o incomum porque o banal nada tem de novo ou de diferente.
Imagino que me acharão surrealista ou louca, mas eu sou diferente do comum. Detesto a banalidade e tenho prazer em observar o que os comuns não conseguem alcançar. É bom observar numa dimensão acima. Acima de tudo diferente do comum.
Por isso eu transformo a cor em preto e branco e projecto-me para além do que é banalmente comum.


1 comentário:
Olá Lena,
Adorei a forma como descreves a cidade e o que por ti passa.
Sem duvida que és diferente do comum (graças a Deus), continua a se-lo pois são pessoas como tu que me dão a esperança que um dia eu chego lá.
Beijinhos
Ana
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