E HOJE É NATAL

E hoje é Natal. De novo é Natal. E os outros dias o que são?
Ah sim, também se multiplicam os "Jantares de Natal", de amigos, da empresa, das mulheres, das amigas da faculdade... E tudo porque é NATAL!!!...
Ah o Natal o Natal!
Faz-se o Jantar dos SEM ABRIGO, e os jantares para os pobres, a "MITRA" uma noite no ano torna-se num Restaurante de "LUXO". E lá acorrem os pobres... mais vale um jantar do que nenhum jantar...
Ah e o Pai Natal?! Tão vermelho e barbudo assustando as criancinhas que choram exasperadamente enauanto os pais sorridentes convemcem-na a sorrir e dizendo maravilhas do Pai Natal.
Mas que Pai Natal! Que merda!
E JESUS? Onde fica o verdadeiro sentido do acto que se celebra no dia 25 de Dezembro? E será que foi em Dezembro que esse MENINO nasceu? Desculpem a minha frieza, mas é mesmo assim! Sem dó nem piedade. Tão só porque apenas é NATAL um dia no Ano.
E nos outros trzentos e não sei quantos dias do ano, onde o comem os sem abrigo, e os bens essenciais das crianças, e os alimentos para os que morrem de fome pelo planeta?????
Pois é! é Pena. Porque não é Natal.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Agito-me.
Qual barco ondulando nas águas espelhadas de um rio manso...
Qual passado silencioso e mordaz que teima ser presente adiado.
Contemplo o Futuro em ancestrais sonhos sonhados.
Desenho no vento as gotas de chuva que os meus olhos calam... São lágrima... São lágrimas.
E na brisa que me beija o rosto em tantas madrugadas de insónia,
recordo o calor que hoje é frieza de seda entranhada na pele que quero quente.
Agito-me como folha seca rodopiando ao vento fustigante de Outono.
O medo atraiçoa-me e  pensar no futuro traz o azedume mordaz de uma verdade que o presente mascara.
Porque me agito assim?
Quase me perco nas palavras... Perco o tempo e o sono,
Perco a hora e a vontade que traduzo no nada... Sinto-me mal assim.
Eu sei que lá fora o céu está estrelado... assim fosse sempre.
Agito-me num grito sufocado, mas lá fora a madrugada avança enquanto aqui as horas passam e eu contemplo o Futuro imaginado em barco ancorado no meio do rio, ondulante e ondulando ao sabor das águas inexplicavelmente paradas.
Tenho sede de ti...
Fome de ti...
Passado dorido em Presente calado na esperança do Futuro certo.
Não sei o que me move! Nem sei já se o pouco que avanço é movimento ou se é simplesmente sonho...
Agito-me num calendário de numeros e palavras do qual nem sei se na verdade o é, ou se apenas são  fragmentos irreparáveis.

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